Amante...




Amante...

Da vida, do conhecimento, do ser humano, de Deus, do amor que se pode sentir entre pessoas.

É vero, amante!
... da poesia, do sorriso do meu irmãozinho, tão cheio de dentes! 

Do "colo" de minha mãe, do carisma de meu irmão, da interação entre minhas duas irmãs.

Amante!
De amizades tão antigas quanto aparentemente esquecidas; 
das atuais, tão queridas! 
Das conversas com idosos;
com crianças - em seu português "particular", com tanta vontade de aprender a falar, quanto quem foi criança há muito tempo, tem vontade de mostrar que sabe, que tem história, que é interessante. Como não ser? 

Amante!
De aulas de Teologia que me fazem ver que ser humana é mais e é também tão desafiador! Acho que continuarei a ser...

Amante!
De todas as boas coisas que Deus me tem dado... até do meu olho que enxerga bem por si mesmo e também pelo outro, que nem tanto, mas que se esforça. 

Para que serve essa minha vida, se passar por ela sem ver tantas coisas, tantas pessoas, tanta esperança e tantas letras se não me tornar uma dessas infames pessoas que amam?  





Leia-se: 

Amante!
Pois até nos tempos ruins ainda me vejo assim, na loucura da urgência em usufruir da experiência, que me faz ainda mais humana, mais capaz de entender e Diaconar. 

Pode ser assim então, Deus... meu amigo, meu parceiro de verdade e minha força gratuita. Continuo sim, e agregando mais capacidades. Especializando-me na arte de ser - inclusive depois das rugas e artrites...

Amante!





Autoria: Sophia Drummond